Para os portugueses, o século
XVIII iniciou-se com um processo de modernização, através dos planos econômico,
político, administrativo, educacional e cultural. A produção literária foi
ampla e variada, incentivada principalmente pelas academias literárias
árcades.
A fundamental expressão
literária desse período, Manuel Maria du Bocage, foi um dos maiores poetas
portugueses de todos os tempos, Nas primeiras décadas desse século,
chegaram a Portugal as idéias iluministas, que entusiasmaram intelectuais,
artistas e até mesmo o rei D. João V e seu sucessor D.José I, que desejavam
modernizar o país.
Esse projeto deveria, ainda,
satisfazer os interesses da burguesia mercantil e colonial, equiparando
Portugal novamente às grandes nações européias. Com amplos poderes, e, na condição
de ministro, o Marquês, foi indicado a liderar essas idéias.
Com formação estrangeira, o
Pe. Luis Antônio Verney, mudou significativamente o cenário científico e
artístico português, usando projeto de reforma pedagógica. Suas idéias expostas
na obra :Verdadeiro método de estudar (1764), em que o escritor, atacava a
orientação que os jesuítas davam ao país. Criticava a arte barroca e seus
adeptos, como o Pe. Vieira.Nem mesmo Camões escapou das críticas, que viam nas
antíteses camonianas, traços da estética barroca.
Essas críticas originaram um
amplo debate sobre a necessidade de renovar a cultura portuguesa. Como
decorrência desse período de agitação cultural, foi fundada a Arcádia Lusitana,
em 1756, considerada o marco introdutório do Arcadismo em Portugal